Depois de elaborado e executado o projeto “O desejo refletido em nosso amanhã”, o qual anseia pela busca de histórias passadas relacionando o ontem vivenciando com as expectativas do amanhã, podemos considerar os seguintes conceitos refletidos diante algumas avaliações.
Representar, conceituar, registrar e comunicar os pensamentos e sentimentos humanos para as novas e futuras gerações são papéis fundamentais que a arte vem desempenhando ao longo do percurso evolutivo da humanidade.
Não podemos e nem devemos reduzir a sua importância as funções pragmáticas ou meramente ilustrativas da História. Ela sempre estará presente de forma decisiva nos acontecimentos que dirigem o destino de todos, não só pelo fato de auxiliar os indivíduos a suportar as dificuldades do cotidiano, mas também por sugerir ou indicar novos caminhos da vida.
A avaliação precisa estar viva ao olhar do mundo, sendo sempre contínua. No futuro, vejo minha cidade, valorizada pela arte como sua diversidade, pois aqui existe um mar de cores e formas de arte, mas que poucos notam. È necessário potencializar as imagens, criando medidas visuais e conceitos que ambicionem traduzir esses novos territórios em mapas poéticos. Eles seriam frutos de sua percepção sobre as mudanças educativas, na malha social, no desenvolvimento econômico, no campo político e até mesmo no fator psicológico social.
Partindo do plano para as ações do projeto, seria imperceptível não observar os diversos gostos, leituras e releituras do projeto dentro das artes. Mesmo sabendo da variável de gosto pela arte, percebi que aplicar este projeto seria um desafio, em si tratando do impacto diante uma intervenção. Ciente de que o resultado depende de cada cultura, resolvi assim mesmo aplicar fielmente o projeto, não negligenciando o fato de que existe um intercâmbio entre elas (obras a serem apresentadas), principalmente na nova era contemporânea com informações que ora experimentamos de maneira muito intensa. Embora haja diferenças entre indivíduos e sociedades.
O decorrer das ações diante o projeto se deu em perfeita execução, sendo necessário ressaltar a colaboração incondicional da coordenadora Marciana, professora Fátima e alunos da alfabetização do Projeto Bem Viver, que se dedicaram cumprindo e executando totalmente todas as tarefas designadas em grupos. Logo, o resultado foi bastante coerente com as ações, onde se tem mais a aprender do que ensinar. Valorizar o exercício da criatividade para a construção de um caminho pessoal com identidade própria, procurando praticar o ensino de desenvolver, com seus exemplos, o entusiasmo quase altruísta pela atividade didática.
O significado deste projeto se dá ao caráter multicultural que é uma das aspirações principais da arte de hoje. Isto demonstra a função mágica do início das artes ainda permanece viva, pois, independentemente do país ou cidade de origem, ela ainda é capaz de emocionar a todos os indivíduos, de qualquer parte do mundo, mesmo que os objetivos iniciais que motivaram sua criação já não sejam perceptíveis, o que absolutamente não invalida os traços culturais herdados, que, aparentemente ou não, de forma explícita, oculta ou apenas sugerida, estarão sempre presentes.
Gerado um complexo jogo de relações, interagindo e dialogando com a obra por meio de uma poética que transcende seus próprios limites materiais. E para uma reafirmação e entendimento á busca do novo, na intervenção tanto as portas quanto o vídeo se apresentavam com espírito bastante inovador definindo todo requinte e sutileza de uma obra artística.
Eu sabia que concretizar este trabalhar requeria muita cautela, onde a decisão mais difícil seria introduzir o vídeo com obras de um cotidiano totalmente desconhecido tanto para a cultura da cidade quanto para o publico alvo. Mas assim o fiz com a grande vontade de viver no círculo estreito dos criadores de arte que depende, antes de qualquer coisa, de muita dedicação, muito esforço e muita disciplina.
Trabalhar com este projeto foi aprender, decidir o que se quer mostra, que referências são estas a serem introduzidas dentro de uma sociedade que dentro de seus limites que criam e recriam para si, tentando sempre ultrapassar barreiras, buscando superações e soluções para um bem comum. Portanto, o melhor trabalho ou projeto para quem o faz é sempre aquele que está em curso, aquele que está sendo produzido naquele momento, pois reúne a síntese do que foi experimentado até então. Posteriormente, após outras vivências e conhecimentos, a opção de reavaliar, retocar ou mesmo sacrificar o que se considerava incontestável diante a qualidade, reaparece então para favorecer a eterna busca da essencialidade do trabalho.
Referência bibliográfica
Hernández Fernando, editora artmed, Cultura Visual, Mudança Educativa e Projeto de trabalho.
Oliveira, Ana Claúdia. Barbosa, Ana Mae. Almeida, Claúdia Zamboni. Domingues, Diana. Fleischmann, Lezi Jacques. Rossi, Maria Helena Wagner. Meira, Marly Ribeiro. Spritzer, Mirna. Richter, Sandra. Cunha, Susana Rangel Vieira, A Educação do Olhar no ensino das artes - 4 º edição - Editora Mediação.
Prade Péricles, editora Escrituras e Distribuidoras de Livros Ltda, O Desenho de Valdir Rocha.
Rocha, Valdir. Editora Escrituras e Distribuidoras de Livros Ltda, intimidades transvistas.
Silva, Anthonio Jorge. Pantemporâneo, Wega Nery.
Screnci, Nelson. Pantemporâneo, Decálogo de um Pintor.
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